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ANGELINA DI ANGELIS
( Pará )
Angelina Nazaré dos Anjos Brandão é Paraense nascida em Belém - Brasil.
Assistente Social; Conselheira da Sociedade Paraense dos Direitos Humanos . Poemas publicados na Antologia Parem as máquinas da Editora Selo Off Flip e na Antologia Anuário Paraense 2021.
VII ANUÁRIO DA POESIA PARAENSE. Airton Souza organizador. Belém: Arca Editora, 2021. 221 p. ISBN 978-65-990875-5-4
Ex. bibl. Antonio Miranda
Ainda não sei se destino ou futuro movido por intervalos desconexos
Sei que desejo contigo cinquenta coisas diferentes e arrepios constantes
É como acordar em outra vida distinta de tudo que já tinha conhecido
É como aprender a soletrar, tocar um instrumento ainda não inventado.
Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa alguma, quero ver-te.
E no fundo do meu espírito quero adora-lo, coroar de flores, tocar a face.
Não queira converter-me em convicção, minha alma é lúdica.
E minha razão é lúcida, passeia entre canções e toma banho de rio.
Quero cinquenta coisas diferente e ter um bocado de ti em mim.
É o nexo incompreensível,
Cais deserto que aguarda o incógnito,
Alma aberta para uma noite infinita.
Menina Matinta
Noite de lua cheia e o vento assanha o cabelo dela.
Sossega os instintos de maré-cheia, mulher bujarrona, eclipse.
Corre! Corre! Corre!
Esse vento forte imprime um jeito inspirador de liberdade
Neste lugar peixe vira homem
Vai depressa!
igarapés, rios, peixadas, mandingas te condenam deter sabor
marajoara.
Terá a intensidade da infinitude, raízes, pertencimento.
É sol que dá nó na madeira
Dançará caboclo, mestiço, nativo
Suor que imprime um cheiro inspirador de liberdade e de luta
Tal qual tuas raízes, de Raimundo e de Isa.
Vermelho é a cor de nossos sonhos cabanos
&
Menina já nasce tudo Matinta.
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Página publicada em março de 2022
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